SILÊNCIOS DEPOIS...


Planaste da terra dos tecidos pelos sopros das flautas,
habitado de cores, especiarias, odores e sabores
de descobertas para mim!
Trazes-me o mundo sem saberes...
iluminas-me.

Chamas sábias ardiam impaciência, odor silvestre...

Quadrado, transparência, eu,
o nosso olhar fitou a tua chegada
acompanharam a classe dos teus passos,
da tuas formas... cobertos pela classe
de uma noite negra sem brilho
opaca de brilhantismos ou rostos de Veneza,
sem medos ou segredos... pelo instinto, vieste italiano.

Do toque à frincha, do olhar à presença,
osmose dos corpos num papel sem nome...
ali, os lábios sem remetente ou destinatário,
dissolveram-se na seiva morna do beijo,
desencontrados pelo desenfreio do tempo
e lugares distantes que os separou...
vieste!
Incorporou-se a suavidade das peles no silêncio
das palavras que não precisaram de existir...
linguagem imperfeita.


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