SENTIDOS


Sentada em pautas de madeira e tempo,
vestida de negro, de pensamentos fechados
num de olhar de luto preste a nascer.
Elemento profano em nébula verde e sagrada
de ruídos silvestres em ópio turvo acastanhado.
Somente a verdade do azul que a plana
a tenta trazer do que fora.
Um rio travesso esconde-se-lhe nas costas,
tenta distraí-la com um imparável riso salpico,
dos cachos lisos, transparentes, quase visíveis.
E ela escreve,
palavras, gotículas de instâncias e tormenta
do que nada mais a alimenta.


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